segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

RISOS AOS FASCICULOS - NOGUEIRA DA REGEDOURA- SEBOLIDO- PARA SER REPETIDO E BOM APETITE

JANTAR DE HOMENAGEM AOS AMIGOS
Bem posta a mesa,
Uma beleza
E a gentileza
Anda no ar
Tudo bem posto
Um fato a gosto
Brilho no rosto
P´ra começar

Chega o criado
Aparantado
E o vinho dado
Põe na Caneca
`Inda sem nada
Uma canada
De uma assentada
Lá vai co ,breca

A sopa chega
E ninguém nega
Que p´ra sossega
Muito bebeu
Tudo se ri
Começa aqui
A festa em si
Com escracéu

Mal chega o peixe
Juntos, num feixe
Não há quem deixe
Logo o criado
Tudo a berrar
Quase a insultar
Para apanhar
Maior bocado

O prato fica
Cheiinho em bica
E se debica
Um desmazelo
Tudo á porfia
Para no outro dia
E quem diria
Para o Fornêlo

O vinho então
Mete impressão
De mão em mão
Anda a voar
E o mais guloso
(É curioso)
Já de manhoso
Vai vomitar

Chega o cabrito
Ouve-se um grito
E tudo aflito
Anda à deriva
E desta vez
A pobre rês
Salta,talvez
Mais do que em vida

Vem o Champanhe
E há quem apanhe
Sem que se acanhe
Banho espumado
Já se dispensa
Polidez tensa
E ninguem pensa
No festejado

Um se levanta
E da garganta
Como quem canta
Sai: Meus Senhores
Começa assim
Quase sem fim
A prova, enfim
Dos oradores

O convidado
Meio enfiado
Já como é dado
Chora por nada
E nessa altura
Da criatura
Sua candura
É bem frisada

Salta a guitarra
E, qual cigarro
Com toda a garra
Vem o descante
Ninguém se atura
(Logo se apura)
Caso a censura
Não se levante

Se acaba o vinho
O Zé Povinho
Devagarinho
Se põe a andar
Meio à francesa
Sem a fineza
Do "Gram" da mesa
Se quer lembrar

E eis como acaba
De madrugada
A jantarada
Sem mais demoras
Pela manhã
Não há quem vá
(Pois claro está)
Pegar a horas
Não pensem na conta da patuscada, que ela já foi descontada.

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