sábado, 21 de novembro de 2009

Barqueiro da Abitureira!

Transporte dos pobres
Hoje tudo fazem para acabar com este transporte fluvial

Não sendo uma ideia inovadora, é verdade que a mesma já me ocorreu várias vezes. A minha especialidade, enquanto Marinheiro, era a de Radarista e como tal, sei a importância deste aparelho de Idêntificação de Aviso Aereo, Misto ou Maritimo.
Muitas vezes, ao ver os bacos navegando a par, sem respeitar o minímo de regras de navegação, recordo-me das viagens que fazia entre Porto e Lisboa, em que os motoristas ultrapassavam e se deixavam ultrapassar, para impressionarem quem transportavam e, com isso, receberem depois mais uns troquitos nas Gorjetas que pediam. Na verdade é cativante e até proporcionam a obtenção de fotografias de rara beleza, muitas delas inéditas e que ficarão como recordação para sempre.
Mas juntam-se-lhes outros inconvenientes, alguns deles de valores monetários acrescidos. Neste vai-vem, sem respeitar o minímo de distâncias entre si, navegando a esacassos metros das margens e com velocidades desaconselhadas. E sem respeitar aqueles que, com muito custo e por paixão, ainda contra tudo e contra todos, ultrapassando dificuldades acrescidas para manterem as embarcaçõers legalizadas, sofrem os danos causados por estas infracções. E juntando-lhe ainda o desmoronar dos muros que suportam as terras, ou abrindo buracos que vão dificultando cada vez mais quem procura, ou teima ainda, em molhar os pés nas tuas águas.
Era possível, caramba!
Como tal, impõe-se um limite máximo de velocidade, em milhas, nós ou quilómetros, de acordo com o tamanho dos barcos que navegam no Douro.
Como o aumento do tráfego e o aumento das velocidades dos barcos de grande porte, é notória a degradação das margens.
Os muros existentes que serviam ou servem de suporte de terras, estão por tal motivo a desmoronar-se, já que a navegação se faz, muitas vezes, a escassos metros das margens, criando ondulação com vagas de mais de 70 centímetros de altura e com uma força impressionante, as quais vão bater contra os alvos, em terra.
São constantes as danificações nos «Barcos Balboeiros» e outros feitos de madeira, assim como o rebentamento ou deslocações dos suportes das amarras. E ainda os barcos em fibra, a eles amarrados, que se danificam ao embater contra eles.

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